fonte: O Globo
A autoridade máxima na regulação de tratamentos de saúde e alimentos nos Estados Unidos autorizou a comercialização de um modelo único de implante que pode ajudar diabéticos a administrar sua doença, libertando essas pessoas da necessidade de monitorar constantemente as taxas de açúcar no sangue. O chamado pâncreas artificial mede esses índices e, automaticamente, “entrega” insulina, o hormônio cuja produção natural fica deficitária em pessoas com diabetes.
O aparelho da Medtronic foi aprovado pela Food and Drugs Administration (FDA) apenas para pacientes com diabetes do tipo 1. Diagnosticada na infância, a condição tem quase sempre origem genética (a diabetes do tipo 2 é, normalmente, causada por maus hábitos alimentares e pouco exercício ao longo da vida). Os pacientes enfrentam riscos como índices de açúcar no sangue perigosamente altos, problemas cardíacos e outros.
Atualmente, os diabéticos gerenciam suas taxas de glicose no sangue aplicando injeções de insulina no corpo. O novo MiniMed, por sua vez, é formado por uma bomba de medicamentos, um sensor que mede o teor de açúcar no organismo e um catéter que entrega o hormônio quando necessário.
Diferentes grupos empresariais farmacêuticos estão desenvolvendo sistemas parecidos voltados para libertar as pessoas com diabetes do trabalho de verificar ao longo do dia suas taxas de glicose e do medo de uma morte súbita, que pode ocorrer se os níveis de açúcar no sangue ficarem baixos demais.
A diabetes é uma preocupação global. Em abril deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório dando conta de que, hoje, 422 milhões de pessoas, ou 8,5% da população global, sofrem da doença. Em 1980, eram 108 milhões de diabéticos, ou 4,7% da população. O alerta informa sobre ambos os tipos de diabetes, mas o avanço no número de casos se deve muito mais ao tipo 2.